Com o término do prazo de registro de candidaturas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está -tudo pronto para o início da campanha nas ruas, na internet e na imprensa escrita. O horário eleitoral gratuito, no rádio e na TV, só começa em 31 de agosto, mas a propaganda eleitoral vai tomar as ruas nesta semana.
O prazo para registro de todas as candidaturas termina quarta-feira. No TSE, para os candidatos a presidente e vice-presidente. Nos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs), para os demais cargos. Com isso, acaba de vez a denominação de pré-candidatos.
No dia seguinte, vai ser extinto um outro conceito de mais difícil entendimento: o da pré-campanha. Agora é para valer. A legislação autoriza o uso de alto-falantes e amplificadores em comitês e veículos, a realização de comícios, a propaganda eleitoral na internet, vedada a veiculação de propaganda paga, a distribuição de matéria gráfica, a realização de carreatas e passeatas, além da propaganda paga na imprensa escrita, obedecidas as frações de página estabelecidas pela Lei Eleitoral. Durma-se com um barulho desses.
A campanha é curta, separada das eleições por exatos 52 dias. Isso pressupõe um trabalho mais intensificado por parte dos envolvidos. Curtos também são os recursos financeiros, em face da proibição das doações de empresas (pessoas jurídicas), que o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucionais. Isso exige maior capacidade de abstração de quem não pode abrir mão de boas horas de sono, apesar do barulho esperado.
* Carlos Lopes é jornalista e diretor da Agência Tecla / Informação e Análise