Realizada no plenário da Câmara, em Brasília, a Convenção Nacional do PDT, em 1989, foi marcada pela alegria. Leonel Brizola, idealizador e líder maior do Partido Democrático Trabalhista, era aclamado candidato a presidente da República, e o pernambucano Fernando Lyra o vice em sua chapa.
Foi aplaudido por admiradores, ao lado de vários amigos e da esposa Neusa, irmã de João Goulart, deposto da Presidência pelos militares, com o golpe de 1964.
Brizola governava o Rio Grande Sul, seu estado Natal, quando também foi cassado pela Revolução de 64. Por esta razão, viveu no exílio durante 15 anos. Somente voltou ao Brasil, com a Lei da Anistia de 1979, e pode continuar sua carreira política. E Rio de Janeiro por duas vezes e elegeu-se novamente deputado federal.
Brizola foi um dos maiores idealistas políticos do Brasil, chegando a presidir a Internacional Socialista, com sede na Europa. Surgiu na vida pública lançado pelo conterrâneo Getúlio Vargas e iniciou sua carreira no velho PTB do caudilho gaúcho.
O engenheiro Leonel Brizola morreu aos 80 anos, em 2002, e mesmo sendo muito popular, naquela eleição terminou em terceiro lugar, com 11.166.016 votos. Pouco menos de 40 mil atrás de Lula, que perdeu para Fernando Collor no segundo turno.
Nessa próxima eleição presidencial, o candidato do PDT é Ciro Gomes. Em 1989, quando Leonel Brizola e Fernando Lyra concorriam ao Planalto, Ciro se elegia prefeito de Fortaleza pelo PSDB.
Orlando Brito