Boletim eleitoral: Pressões sobre Barbosa e Alckmin em sentido contrário

A semana eleitoral começa com pressão para tudo que é lado. A mais recente pesquisa presidencial, do site Poder360, traz, em tintas mais definidas, o potencial de crescimento do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa, se ele entrar mesmo no páreo pelo PSB. Pela primeira vez, Barbosa ultrapassa Marina Silva (Rede) e Ciro Gomes (PDT), marcando 16% num cenário em que entram apenas o candidatos mais viáveis, acima de 5%. Nesse ranking, Bolsonaro tem 22%, Ciro Gomes 8%, Marina Silva 8% e Geraldo Alckmin 6% – um ponto abaixo de Fernando Haddad (7%), que lucra com a saída dos candidatos de esquerda.

Haddad

No cenário que inclui os nanicos, Barbosa perde 3 p.p e fica com 13%, coincidentemente a mesma perda de Haddad, que passa a ter 4%. Marina aparece então com 10%, Ciro com 9%, Geraldo Alckmin com 8% e Bolsonaro com 20%.

O que quer dizer tudo isso? Por enquanto, que as pressões vão aumentar. No dividido PSB, a ala pró-Barbosa cresce e ganha mais argumentos, inclusive para cobrar do ex-ministro uma definição o mais rapidamente possível. Do lado dos assustados adversários à direita e à esquerda, deve começar a pancadaria em cima de Joaquim Barbosa. Aliás, já começou. Bolsonaro já acionou suas redes.

Por outro lado, as dificuldades de Alckmin nas pesquisas, somadas ao tsunami que se abateu sobre o partido sob a forma das acusações a Aécio Neves, muitas delas desenterradas no fim da semana, depois de o STF tê-lo tornado réu, complicam ainda mais sua situação. E, no PSDB, o maior temor não é pelo que pode vir de fora, mas sim em relação ao chamado fogo amigo. Embora pássaros, os tucanos têm um estranho instinto de piranhas: não podem ver ninguém sangrando que se atiram contra ele para despedaçá-lo. As conversas no entorno de João Dória e de outros candidatos a substituir o candidato ficaram mais animadas.

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