As apostas são de que, caso chegue ao segundo turno, Jair Bolsonaro não leve o habite-se do Palácio do Planalto. Aposta arriscada.
Depois da vitória de Donald Trump, nos EUA, o capitão do Exército deixou de ser um improvável outsider. Principalmente diante da anunciada ausência de Lula como candidato à Presidência da República em 2018.
Curioso que Bolsonaro não interessa a ninguém. Nem à esquerda, nem à direita.
“Curioso que Bolsonaro
não interessa a ninguém.
Nem à esquerda, nem à direita.”
À esquerda, por antipatia ideológica. À direita, porque Bolsonaro é, para ela, má propaganda.
A esquerda pouco pode fazer contra o indigitado. A força bolsonarista reside exatamente em ser a antítese da chamada esquerda.
Direita tosca
Resta à direita, então, removê-lo e evitar que Bolsonaro desponte num imprevisível segundo turno – como se sabe, uma outra eleição. Para tanto, tem como alternativa encontrar um nome de coalizão.
Bolsonaro representa a direita tosca, com escasso posicionamento ideológico. Os demais direitistas, mais ou menos liberais, têm, assim, um desafio.
Buscam um acordo em torno de um único nome ou correm, cada um, em raia própria, pavimentando o caminho do capitão rumo ao segundo turno. E o Brasil poderá viver mais quatro anos de choro e ranger de dentes.