Não restam dúvidas sobre o desfecho da votação de hoje no Senado. A essa altura, dilmistas, temeristas, o mercado, o mundo e o Raimundo estão de olho é no tamanho da vitória – e da derrota.
Aliados mais otimistas de Michel Temer arriscavam ontem previsões que chegavam aos 59 votos. À noite, porém, interlocutores do vice faziam questão de baixar essas expectativas, seja pela cautela de não cantar vitória antecipada, seja porque estão inseguros mesmo. Asseguravam que vão obter mais do que a maioria simples (41), algo em torno dos 50 votos que vem sendo dados nos levantamentos da imprensa.
Mas diziam não haver garantia dos 54, marca fundamental para antecipar uma futura condenação da presidente Dilma Rousseff, fortalecendo e dando ares de permanência ao governo interino do vice.
Na verdade, o pessoal de Temer luta desesperadamente por esse placar, que dará ao impeachment um caráter de fatura liquidada. Mas, preventivamente, não quer criar expectativas para que a vitória de hoje à noite não ganhe, na narrativa política, cara de meia vitória ou até de derrota…