Raul Jungmann e Cristovam Buarque são do mesmo partido, mas nunca se sentaram para discutir segurança pública. Recuperando-se de uma pneumonia, o senador assistiu à exposição do ministro no Senado e teve a satisfação de constatar que boa parte do que foi dito é muito parecida com o que está no livro “Como fazer – a revolução pela Educação”, de sua autoria, que resume as propostas de governo apresentadas quando foi candidato a presidente da República, em 2006.
Na ocasião, Cristovam estava no PDT. Mas, a mostrar que a questão da segurança pública ultrapassa as fronteiras ideológicas e partidárias, está lá, no capítulo “Para garantir a segurança pública e construir a paz”, como primeira sugestão, a criação do Ministério da Segurança Pública, com o papel de coordenar nacionalmente as políticas de segurança e as polícias estaduais e municipais.
Além disso, ideias que podem ser aproveitadas, como a implantação de um programa profissionalizante, com duração de seis meses, para um milhão de jovens entre 16 e 20 anos, administrado por entidades civis ou militares, “para que adquiram disciplina, noções de civismo e um ofício, e sobretudo para que saiam das ruas e fiquem menos vulneráveis ao risco das drogas e do crime”.