Boa ou ruim, com ou sem razão, a introdução do voto impresso nas eleições deste ano foi aprovada na minirreforma eleitoral de 2015. Quer dizer, houve tempo mais do que suficiente para que o Ministério Público – ou quem mais quisesse – questionasse a norma ou tentasse derruba-la. Somente nesta segunda-feira, com a licitação do TSE para comprar as impressoras já em andamento, a PGR Raquel Dodge apresentou um ação de inconstitucionalidade nesse sentido ao STF.
Se a liminar for concedida, a licitação em curso será suspensa. Na cidade para acompanhar o certame, o vice-presidente de soluções eleitorais de uma das concorrentes, a Smartmatic, Eduardo Correia, terá perdido duplamente a viagem, já que sua empresa foi excluída da concorrência nesta mesma segunda-feira. Ele deu entrevista a Os Divergentes falando da polêmica em torno do voto impresso, segundo ele uma tendência nos sistemas de voto eletrônico de todo o mundo, destinada a dar maior transparência e segurança ao eleitor.
Correia, que já participou de operações de apoio tecnológico a eleições em países como Estados Unidos, Bélgica e outros, disse que, do ponto de vista técnico, o sistema brasileiro oferece tranquilidade e segurança quanto à lisura das eleições. Veja o vídeo da entrevista.