Pelo peso político e inserção na sociedade, as disputas internas entre os tucanos sempre deveriam ser relevantes. Por repetitivas, mesmices sem fim, ficaram apenas chatas.
Tudo o que se vê e revê agora é igual, com uma diferença. Depois de tanto blábláblá, eles, enfim, podem, descer do muro. É que o poço ficou sem fundo.
Aécio Neves, tido como carta fora do baralho, emergiu com a reconquista do mandato, resistiu aos supapos no ninho, e mostrou uma força surpreendente para quem estaria fora do jogo.
Não deixou que lhe pusessem um guizo na reunião da bancada do Senado, e reagiu pagando para ver as cartas que o colega Tasso Jereissati dizia ter em mãos.
Por mais baleado que esteja, Aécio ainda tem força na máquina partidária. Isso ficou claro nessa quinta-feira (19) em Goiânia. Ali, o governador Marconi Perillo e o prefeito João Doria, com o apoio do governo Temer, deram um basta à tentativa de destituir Aécio.
Mais do que isso, com o apoio de Aécio, querem continuar a ter o comando do partido, com cacife para influir na escolha do candidato do partido à Presidência da República.
Em sintonia com as bancadas na Câmara e no Senado, Tasso sentiu o golpe e tenta o apoio de Geraldo Alckmin para se impor nesse jogo. Apenas mais uma aposta.
Nessa guerra interna, os tucanos finalmente vão descer do muro?
A conferir.