A divulgação, hoje, dos quatro pedidos do procurador geral da República, Rodrigo Janot, ao STF para abertura de inquérito para investigar políticos de diversos matizes – que vão do senador tucano Aécio Neves aos petistas Edinho Silva e Marco Maia, passando pelo ex-peemedebista Vital do Rego – está sendo interpretada por advogados da Lava Jato como uma espécie de aviso ao Planalto de que o papagaio subiu no telhado.
Ao decidir pedir investigação de cada afirmação da delação premiada de Delcídio do Amaral – base para todas essas solicitações de inquérito – Janot pode estar estabelecendo um padrão e querendo dizer que nenhum dos citados pelo ainda senador escapará pelo menos de uma abertura de inquérito. O que leva muita gente a acreditar que os próximos pedidos de Janot terão como alvo Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula, acusados por Delcídio de tentar interferir nas investigações da Lava Jato.
Nesse caso, não seriam abertos novos inquéritos, mas eles seriam incluídos no inquérito-mãe do Petrolão aberto pelo STF para investigar mais de uma dezena de parlamentares.