Pressionado por Michel Temer, Rodrigo Maia tem até cedido em relação à tramitação do pedido de autorização para que o presidente da República seja processado por corrupção passiva. Mas, ao mesmo tempo, colocou Temer em uma saia justíssima na reforma trabalhista.
Rodrigo Maia esperou o Senado aprovar a reforma trabalhista para detonar, pelas redes sociais, o acordo firmado por Michel Temer com os senadores para promover mudanças na lei aprovada por meio de vetos e de uma medida provisória. “A Câmara não aceitará nenhuma mudança na lei. Qualquer medida provisória não será reconhecida pela Casa”, cravou Maia.
Soou como uma bomba no Senado. Causou uma revolta ali. Senadores governistas e de oposição se uniram na cobrança do cumprimento do acordo.
Eunício Oliveira tirou o corpo fora. Cobrou explicações de Romero Jucá, eterno líder de todos os governos.
Plenário lotado, agitado, Jucá ausente. Estava com Temer em busca de uma saída para essa saia justíssima. Tinha que conter a revolta do Senado sem criar problemas com a Câmara, que vai decidir se autoriza a abertura de processo contra Temer.
Exato às 20hs e 20m, Romero Jucá reapareceu.
Informou da tribuna que estava no Palácio do Planalto negociando o texto da Medida Provisória com todos os pontos acordados.
Assegurou, também, que não será ressuscitado o Imposto Sindical, um dos pontos mais relevantes da reforma.