Instância eterna I. A Corte Suprema do Judiciário brasileiro cogita voltar atrás na sua decisão de permitir a prisão de malfeitores após a condenação em segunda instância. O veredito, de 2016, foi fatal para muitos meliantes do erário. Com a nova jurisprudência alguns larápios apressaram-se em delatar, enquanto outros foram encarcerados.
Instância eterna II. Para o juiz Luís Roberto Barroso, da Suprema Corte, “voltar ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os pobres e protege os criminosos que participam de negociatas com o dinheiro público”. Se o STF revisar sua decisão, a elite política (PT, PSDB, PMDB), que tem recursos para bancar caros e influentes advogados, procrastinará os processos contra si ad aeternum ou até a prescrição. A patuleia, que não conta sequer com rábulas, continuará mofando nas masmorras brasilianas.
Globo e PT, tudo a ver I. A Rede Globo tornou-se agente ativo no enfraquecimento do governo Michel Temer – se ele vai cair, veremos na sequência. A sinistra, PT à frente, que sistematicamente ataca a emissora dos Marinho, bem como toda a mídia “burguesa”, deveria reconhecer essa contribuição companheira da inimiga predileta. Afinal, o alvo de ambas é o mesmo.
Globo e PT, tudo a ver II. Na sequência do petardo inicial contra Aécio Neves e Temer, a Vênus Platinada prossegue arregimentando seu poderoso arsenal midiático para escarafunchar os porões do Palácio do Jaburu. Nem com todo o dinheiro surrupiado do erário, conforme revelado pela Operação Lava-Jato, seria possível comprar o espaço jornalístico que a Globo dedica ao governo Temer.
Globo e PT, tudo a ver III. Diante da dificuldade em enquadrar a atitude da Globo e de Veja (também inclemente contra o primeiro mandatário), as viúvas do Muro de Berlim tecem múltiplas teorias. Algumas dependem do porvir para comprovação. Uma delas, porém, sustenta que a Globo quer remover Michel Temer para que “as coisas possam mudar de tal forma que permaneçam da mesma forma que estão”. Outra, “para que essas reformas possam ter continuidade”.
Globo e PT, tudo a ver IV. Ou seja, tirar um presidente que encampou reformas liberais para… colocar um presidente que defenderá reformas liberais. O divergente Andrei Meireles, ao analisar as provas à disposição do Ministério Público, foi conciso e preciso: “Seriam os liberais detonando os liberais”.