Economia é o principal, mas social é o ponto nevrálgico

Em boa hora, a equipe de Michel Temer desistiu de lançar oficialmente o Ponte para o Futuro parte 2, que trata das propostas para a área social. Só que seus autores vazaram o documento para todos os grandes jornais, e a confusão já começou.

A ideia de focar programas de distribuição de renda como o BolsaFamília nos 5% mais pobres da população é polêmica e pode deixar muita gente de fora. As reações já começaram e tendem a crescer, dando munição ao PT para construir um discurso para os 40 milhões que saíram da miséria nos últimos anos. Para essas pessoas, nada pior do que perder o que ganharam.

Tambem a proposta de criação de bônus de desempenho para professores já começou a repercutir mal entre especialistas e entidades de representação da categoria.

O pessoal de Temer parece não ter entendido ainda que, embora o maior problema do país seja a economia, o ponto nevrálgico de seu programa de governo é o social – área onde os governos do PT obtiveram seu maior sucesso, reconhecido inclusive internacionalmente.

Nesse tema, é preciso medir as palavras e evitar a todo custo a impressão de que o provável futuro governo Temer vai desmantelar os programas que melhoraram a vida de tanta gente ao longo da última década.

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