Em sua maratona de conversas para montar o governo, Michel Temer insiste no lema de que vai assumir com o propósito de reunificar o país. Além de descartar a possibilidade de se candidatar à reeleição, mesmo que seu governo seja um sucesso, ele manifesta sua intenção de ter em sua equipe até petistas históricos, que nada tiveram com a bandalheira em que o partido se meteu.
O entorno de Temer diz que há alguns nomes em avaliação. Na realidade, o namoro tem nome e sobrenome: o senador Walter Pinheiro (BA), que até recentemente foi uma das estrelas do PT no parlamento e, pelos convites e ofertas que recebe, continua alvo de cobiça do seu antigo partido. Pinheiro é também um dos craques do time que no Senado montou a chamada Agenda Brasil. Esse programa foi construído por José Serra, Romero Jucá, Tasso Jereissati, entre outros, e oferecido por Renan Calheiros a presidente Dilma Rousseff como última tábua de salvação. Para variar, ela fingiu aceitar e desprezou
Nesse processo entre senadores que buscavam uma solução com Dilma ou sem ela, surgiu uma afinidade entre opositores. Desde então, Walter Pinheiro, um respeitado especialista em novas tecnologias, virou alvo de “cantadas” da turma que apostava no impeachment. “Você será ministro do governo de transição”, falava abertamente o senador Romero Jucá, presidente interino do PMDB e futuro ministro do Planejamento. Agora, Jucá estende um tapete vermelho para Walter Pinheiro se acertar com Michel Temer. A conferir.