Dois anos atrás, em uma conversa com amigos que atuaram em quase todas as campanhas eleitorais relevantes desde o fim da ditadura, pedi uma avaliação sobre o tamanho do Caixa 2 nas eleições.
Estavam ali quem participou de todas as campanhas vitoriosas para o Palácio do Planalto, governos estaduais relevantes etc. E também por quem perdeu em páreos acirrados mesmo tendo munição financeira suficiente para a disputa.
Estamos falando de campanhas profissionais.
Nas milionárias eleições brasileiras, jornalistas e publicitários aos montes se tornaram marqueteiros.
Todos eles sabiam e haviam sido remunerados pelo Caixa 2. Alguns receberam e pagaram sua equipe com dinheiro vivo. Às vezes, até em dólar.
Sem exceção, todos responderam que o Caixa 2 correspondia a 70% dos gastos nas mais variadas campanhas eleitorais.
Escrevi sobre isso em outro site. Teve gente que achou um exagero.
Descubro agora que meus amigos subestimaram essa absurda porcentagem.
Quem pagou a maior parte da conta, com base em rigorosa contabilidade, cravou outra porcentagem.
Marcelo Odebrecht, no badalado depoimento à justiça eleitoral, afirma que nada menos que 75% da grana que bancou todas as campanhas vitoriosas no país saiu do Caixa 2 das empresas que investem em políticos para melhorar seus negócios.
Simples assim. Preciso assim.