Chegou a hora de Rodrigo Janot dividir o bastão com Sérgio Moro

Depende de como se olha. Por um ângulo é um desastre, por outro pode ser um respiro. O problema é se, mesmo assim, não passar de um suspiro.

A elite política brasileira, em todos os seus naipes, idiossincrasias e ideologias, começa a semana com alguma taquicardia.

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A pressão arterial já havia subido com o aperitivo das delações da Odebrecht.

As delações são ainda mais explosivas.

Todos sabem disso.

Quem convive em Brasília com investigadores, advogados e políticos ouve um pouco mais.

O que se espera de Rodrigo Janot, auxiliado por uma mega força tarefa, é que finalmente vire o protagonista de um jogo até agora jogado por seu time em Curitiba e em outras frentes de corrupção.

Na avaliação de seus colegas, ele teve todo o tempo de  fazer seu jogo estratégico enquanto Sérgio Moro segurava a peteca em Curitiba. Por todo e qualquer ângulo, chegou a hora de uma aposta maior.

Rodrigo sabe que, sob pressão de todos os lados, tem de mostrar logo algumas boas cartas.

Até porque qualquer vacilo é perigoso.

Pode virar arma em sua sucessão no comando do Ministério Público, em que um terceiro mandato está sendo contestado.

Rodrigo é maior que isso.

A conferir.

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