O presidente Michel Temer é reprovado por 59% dos formadores de opinião no Brasil. Entre 14 países da América Latina (AL), este índice é de 64%. Sua aprovação é de 41% (Brasil) e 30% (AL).
Leia também: Temer à espera do PIB de Meirelles (Itamar Garcez)
Os dados são do Ipsos, terceiro maior instituto de pesquisa do mundo com sede na França. Entre os 11 chefes de estado avaliados em toda a AL, Temer é o nono colocado, com 30% – à frente de Peña Nieto, do México (25%), e Nicolás Maduro, da Venezuela (6%).
Na outra ponta, Juan Manuel Santos, da Colômbia (74%), Tabaré Vázquez, do Uruguai (70%), e Mauricio Macri, da Argentina (64%). Michelle Bachelet, do Chile, é um caso curioso.
Com 58% de aprovação na AL, a chilena é rejeitada por 94% de seus compatriotas. Pedro Pablo Kuczynski, do Peru, é o mais bem avaliado internamente (89%).
O Ipsos apurou que a maior aprovação de Temer fora do Brasil é no México (39%). No outro extremo, apenas 14% dos argentinos aprovam o brasileiro.
É também na Argentina que presidente do Brasil é recordista em rejeição (72%). A menor desaprovação a Temer vem do México (55%).
A pesquisa, realizada em oito países da América Latina onde o Ipsos tem escritórios, apresentava cinco opções aos entrevistados. Eis, abaixo, o desempenho de Temer diante dos formadores de opinião no Brasil.
. aprova completamente (2%)
. aprova um pouco (39%)
. desaprova um pouco (12%)
. desaprova completamente (47%)
. não sabe/não respondeu (0%)
Quatro chefes de estado latino-americanos são muito bem avaliados pelos brasileiros consultados. Michelle Bachelet (73%), Tabaré Vázquez (69%), Juan Manuel Santos (67%) e Mauricio Macri (55%).
Os índices de reprovação de Temer, apurados pelo Ipsos, são diferentes de duas pesquisas amplas feitas em dezembro de 2016 somente no Brasil. Tanto o Datafolha (51%) quanto o Ibope/CNI (46%) registraram índices altos, mas inferiores à nova enquete.
O Ipsos ouviu 295 pessoas em 14 países da América Latina. A coleta de dados ocorreu entre 11/11/2016 e 23/01/2017. Formadores de opinião, no conceito do instituto, são jornalistas e colunistas de meios de comunicação (físicos e virtuais).