O Comitê de Política Monetária do Banco Central começa a discutir amanhã uma nova rodada de redução de taxas de juros com o objetivo de tirar a economia da recessão e ao mesmo tempo combater a inflação em 2017.
A autoridade monetária não pode errar na mão, sob pena de comprometer um dos objetivos, embora a missão primeira da instituição financeira seja o controle da inflação. O efeito da decisão de reduzir os juros leva em torno de seis meses para produzir seus resultados.
Segundo a pesquisa feita pelo BC junto às instituições financeiras, os banqueiros acreditam que a inflação deste ano ficará em torno de 4,81%, muito próximo da meta de 4,5%, e as taxas de juros devem cair ao patamar de 10,25%.
Há um consenso entre aos formuladores de política econômica do governo e os economistas do mercado de que as taxas de juros devem cair 0,5% na quarta-feira. Mas, no Palácio do Planalto, a torcida é por uma queda de 0,75%, sem comprometer a meta de inflação.
Mais do que a torcida, o Planalto já começa a ver no horizonte uma bandeira: com a queda, pode vender a imagem de que é um governo que está reduzindo juros para colocar o pais na rota do crescimento com o equilíbrio das contas públicas.