Falta mudar para o Alvorada e botar a foto oficial nas repartições

Presidente Michel Temer. Foto Orlando Brito

O pronunciamento de balanço de fim de ano do presidente Michel Temer hoje faz parte da ofensiva desencadeada pelo Planalto para tentar melhorar sua imagem. Só nos últimos dias, Temer passou pelo batismo das panelas em discurso em cadeia nacional de TV, foi a Alagoas lançar programas e falou com a imprensa quase diariamente sobre os assuntos mais diversos. Sem falar na investida publicitária que comprou página inteira nos principais jornais do país hoje e Agoradeve ter sequência na televisão.

Afinal, depois de meses apanhando, o presidente parece ter chegado a uma conclusão correta: quem não tem nada a perder deve se arriscar. Sua popularidade anda tão baixa que dificilmente vai piorar. Se ele for à luta e aparecer mais, pode até melhorar. Vai que cola…

Obviamente, o presidente não falou sobre temas constrangedores, como a Lava Jato e a demissão de ministros. Preferiu investir sobretudo no que tem de melhor, o apoio do Congresso, tentando forjar a marca de “reformador”.

Se a estratégia vai dar certo ou não, são outros quinhentos – que dependem muito mais de ações de governo e fatos concretos da política e da Lava Jato do que de propaganda. Mas Temer deve retomar a ofensiva na volta do revéillon, com dois atos simbólicos para reforçar a imagem de que, finalmente, virou um presidente de verdade: mudar com a família para o Palácio da Alvorada e pendurar sua foto com faixa nas repartições públicas.

 

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