Sob nova gestão, o tradicional restaurante Piantella trouxe de volta cozinheiros, garçons, maitres, o pianista e a clientela de políticos. Muitos estão indo lá também para se verem em belas fotos do Orlando Brito, que cobrem todas as paredes, sucesso absoluto de público e de crítica.
Pois bem. Na terça-feira (13), em uma das mesas, parecia que o PFL, também, havia renascido. O partido trocou de nome e de direção em 2007, depois de uma tunda eleitoral nas eleições de 2006. Naquela época, a previsão generalizada era de que a postura mais à direita do partido não tinha futuro político.
O tempo passou, a esquerda decepcionou, e o Democratas (ex-PFL) parece ter ressuscitado. Como outras forças de centro e de direita, o partido saiu fortalecido das eleições municipais.
Os quatro comensais no Piantella eram o retrato da diáspora do PFL. No centro da mesa, o ex-senador Jorge Bornhausen, último presidente do PFL. Depois, ele ajudou Gilberto Kassab a criar o PSD. Paulo Bornhausen, seu filho, continuou a migração, tendo se filiado ao PSB.
A sua direita, o deputado Heráclito Fortes, outro que migrou do PFL para o PSB, como alternativa de sobrevivência política no Piauí. À esquerda, o deputado Benito Gama (BA), que trocou o PFL pelo PTB de Roberto Jefferson. Em frente a Bornhausen, o deputado José Carlos Aleluia, o único que continuou no PFL, que teve um excelente desempenho eleitoral nas eleições municipais na Bahia.