Quem busca tranquilidade ou previsibilidade, esqueça. O Brasil não terá sossego tão cedo. Inda mais agora que o presidente Michel Temer foi sugado pelo redemoinho da Operação Lava-Jato.
Momentos de inquietação, às vezes pânico, serão a marca daqui até que a Lava-Jato resolva encerrar as investigações. Ou, quem sabe, quando alguém decida acabar com ela. Sabe-se lá quando. Previsível, somente os solavancos que cada nova denúncia provocará.
Nas próximas semanas veremos vazamentos em cascata. Por enquanto, vieram à tona as 82 páginas do primeiro delator. Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. Função também conhecida como lobby.
Faltam agora 76 delações da Odebrecht, incluindo pai e filho, Emílio e Marcelo, os donos do conglomerado empresarial. E, não se esqueça, o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, preso em Curitiba por ordem do juiz Sergio Moro.
Bem, a menos que Cunha tenha algo que ninguém saiba, melhor ele correr e fazer um acordo com Moro. Depois que este contingente der com a língua nos dentes, deve sobrar pouca coisa para caguetar. Ou não?