Depois de tomar posse no Palácio do Planalto, o ministro da Cultura Roberto Freire disse que vai respeitar a decisão do IPHAN que teria gerado o conflito entre seu antecessor Marcelo Calero e o ministro Geddel Vieira Lima. Freire afirmou que o cumprimento do parecer da instituição foi uma condição que impôs para assumir o Ministério da Cultura.
O ministro também disse que conversou com Kátia Bógea, presidente do IPHAN, e apóia a sua permanência no cargo. E afirmou que o ministério “precisa estar mais voltado para a Cultura do que para um projeto de poder”.
Freire informou que irá pleitear mais recursos para a Cultura, mas, reconhecendo o momento de crise, dará continuidade às linhas gerais da administração anterior. Deverá também retirar de tramitação no Congresso proposta que modifica a Lei de Incentivo à Cultura para fazer ajustes. O ministro acredita que Lei Rouanet deve continuar, mas tece críticas pontuais e defende correções:
“A lei é muito prisioneira da força do mercado. Como é um instrumento de ação pública, tem que analisar como trazer isso para regiões que não têm essa força de atrair grandes investimentos pelos incentivos fiscais.”
Questionado sobre a suspensão das vaquejadas, defendeu seu valor cultural, mas sugeriu uma discussão que faça convergir os interesses de ambientalistas e defensores da cultura regional.
Confira no áudio.