Embora lançado pelo ex-governador Tarso Genro, o nome do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, é o preferido do ex-presidente Lula para a presidência do PT. Sondado, Haddad disse a Lula que não quer. Pretende descansar por alguns meses e retomar atividades acadêmicas. Se ele não mudar de ideia até março do ano que vem, o nome que começa a despontar é o do senador Lindbergh Farias, bastante próximo de Lula.
Lindbergh, que teve atuação aguerrida no processo de impeachment – embora nunca tenha tido as melhores relações com Dilma Rousseff – levaria ao comando do PT um ingrediente que vem sendo insistentemente lembrado pelo próprio Lula: juventude. Seu passado de cara-pintada e o ar de rebelde seriam importantes para o processo de renovação do PT, dizem pessoas próximas ao ex-presidente.
Nesta segunda-feira, em reunião com parlamentares petistas em que tratou do assunto, Lula voltou a rechaçar os pedidos para que ele mesmo assuma a presidência do PT no ano que vem. Alegou questões como a idade, mas o que se sabe é que Lula, preocupado com sua defesa nas acusações que vem sofrendo na Lava Jato, não quer se expor nos próximos meses.
2018 é outra história para quem sobreviver até lá. O que todos os petistas sabem é que Lula, mesmo sem assumir o comando formal, continuará mantendo as rédeas do PT. Quem assumir, terá que ser ungido por ele.