O déficit em transações correntes do Balanço de Pagamento do Brasil deve ficar no equivalente a 1% do produto Interno Bruto (PIB) em 2016. É o melhor desempenho dos últimos anos, contribuindo para estabilização do câmbio e sustentação das reservas internacionais do Banco Central, que têm em torno de US$ 377 bilhões e são usadas como garantia da dívida externa do país.
O ajuste na conta de transações correntes ocorrido mais intensamente neste ano é explicado pela queda de 22,7% nas importações e no aumento da quantidade de produtos exportados. A quantidade exportada aumentou 7,6% de janeiro a setembro de 2016 que compensou a queda do valor das mercadorias no mercadorias no exterior de 4,6%.
“Não é exagero afirmar que o país já completou o ajuste de suas contas externas, no sentido de que o déficit em transações correntes já atingiu nível inferior à sua média histórica, que é de 1,8% do PIB. Nos 12 meses até setembro, ele situou-se em 1,3% do PIB, caminhando para fechar o ano em torno de 1% do PIB”, diz o economista do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA) Fernando José Ribeiro.