O PSB saiu das eleições municipais de 2016 como a terceira força política em população governada. Além de Recife e das principais cidades pernambucanas, fez Campinas, Guarulhos, Mauá e outros centros importantes em São Paulo, em aliança com o PSDB de Geraldo Alckmin. Ainda que os conceitos de esquerda e direita estejam cada vez mais fluidos, o PSB é quem tem hoje melhores condições de abocanhar o espólio petista entre as forças da antiga base do PT – até porque, como Lula soube fazer nos idos de 2002 para se eleger, está investindo nas alianças com o centro. Tornou-se um player importante para 2018.
Ainda que o governador Geraldo Alckmin, fortalecido também pelas urnas municipais, não tenha que mudar de partido para ser candidato à presidência, optando pelo PSB que já é seu parceiro em São Paulo, os socialistas terão importância em sua chapa. A não ser na hipótese de uma aliança nacional PSDB-PMDB, quando a vice naturalmente iria para os peemedebistas, o companheiro de chapa de Alckmin deve ser um socialista. O nome mais forte hoje é o do recém-eleito prefeito de Recife, Geraldo Julio, que traria a força do Nordeste para a candidatura do paulista e costuma ir frequentemente a São Paulo articular com o governador.
Geraldo Julio é hoje um dos três principais líderes do PSB, ao lado do governador do DF, Rodrigo Rollemberg, que deve se candidatar à reeleição, e do vice-governador de São Paulo, Marcio França, que deve ocupar o governo estadual quando Alckmin se desincompatibilizar para concorrer à presidência da República.