Segunda rodada de 2016 joga Temer nos braços do PSDB

Presidente Michel Temer. Foto Orlando Brito

O segundo turno das eleições municipais colocou o ponto final na transição da era petista de poder para uma nova ordem comandada pelo eixo PMDB-PSDB,  recomposto com imensa facilidade nos primeiros meses do governo Michel Temer. Ao PT, as urnas apontaram o inequívoco caminho da oposição. Ao grupo que está no poder, deram um bálsamo para dissipar as marcas do “fora, Temer”, mas deixaram o presidente da República mais dependente do PSDB.

A cor de 2016 é azul, sem dúvida nenhuma, dando aos tucanos maior influência no governo Michel Temer. Isso deve ajudar, por exemplo, na aprovação das reformas no Congresso. Dificilmente, por exemplo, o Senado criará problemas para votar a PEC do Teto a toque de caixa.

Por outro lago, a hegemonia tucana cria problemas para o governo a partir das próprias divisões internas do PSDB. Temer, que levou para seu ministério representantes de todos os grupos mas tem menos afinidade como do grupo governador Geraldo Alckmin, terá que negociar mais com ele, que foi o maior vencedor da rodada, sem reduzir os espaços de Aecio Neves e de José Serra.

Isso exige um malabarismo, mas fica claro que, para Michel, não deve haver saída em 2018 que não passe por uma aliança com o PSDB, por mais que os palacianos alimentem planos próprios.

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