Belo Horizonte foi um ponto fora da curva no mapa eleitoral tucano. A derrota do PSDB ali mistura as cartas no processo de escolha do partido de seu candidato, em 2018, ao Palácio do Planalto. Aécio, porém, computa uma vitória maiúscula em Minas Gerais – colheu um belo resultado no primeiro turno e, agora, seus aliados deram banho em Contagem, Juiz de Fora e Montes Claros.
Mesmo com todas essas vitórias contra um PT na lona, ao perder em BH, Aécio perde também a pole position para Geraldo Alckmin na corrida interna no PSDB.
Isso reflete inclusive nos planos de prováveis aliados à espera de uma definição tucana para fazerem suas apostas. Sob a batuta do vice-governador Márcio Freitas, o PSB brilhou em São Paulo tanto quanto em Pernambuco. A diferença é que todas as vitórias em terras paulistanas têm o carimbo de França. Em Pernambuco, algumas, como a de Petrolina, são de aliados de Márcio França.
Não há dúvida de que França virou o maior cacique do partido. Ele fala abertamente que seu projeto político tem como bússola o apoio a Alckmin na eleição presidencial. A expectativa no partido é de que Alckmin perderia a disputa interna com Aécio e poderia se candidatar pelo PSB.
— Nossa expectativa era do Alckmin no PSB. Com sua ampla vitória eleitoral e a derrota de Aécio em Belo Horizonte, ele deve concorrer pelo PSDB. E a gente vai apoiá-lo como aliado — diz o deputado Júlio Delgado, uma das principais lideranças do PSB no Congresso Nacional.
A conferir.