A recessão continua reduzindo empregos, mesmo após as ações de estabilização da economia da equipe do ministro Henrique Meirelles. Entre julho a setembro o Brasil perdeu 963 mil empregos formais, embora os que estejam trabalhando tenham tido uma recuperação de 0,9% em seus salários.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) constatou que o Brasil tem 89,8 milhões de pessoas empregadas recebendo salários mensais médios de R$ 2 015,00 e 12 milhões de desempregados em final de setembro último.
Houve perda de empregos na agricultura, pecuária, pesca, construção civil, comércio, veículos e automotores, comunicação, atividade financeira e até nos serviços domésticos.
O número daqueles que trabalham por conta própria ficou em 21,9 milhões de pessoas, 1,1 milhão a menos que no último trimestre. Em um quadro como este, se dá para ver algum coisa positiva, ela está no lado do mundo do capital.
O IBGE constatou na sua pesquisa que há no país 4,1 milhões de empresários dispostos a gerar empregos, o que é 10,1% maior do que no último trimestre. E outra informação é de que apesar da perda de empregos a massa salarial das pessoas ocupadas ficou estabilizada nos últimos três meses em torno de R$ 176,8 bilhões.
Esse é um indicador importante do poder de compra das famílias dos que estão empregados, levado em consideração nos esforços que a equipe de Henrique Meirelles vem fazendo para retomar o crescimento da economia. Se esta parcela da população continuar consumindo, a Receita Federal terá mais arrecadação de impostos, fundamental neste momento de escassez de recursos públicos.