As redes sociais no #impeachmentday

Esse post eu roubei do @fabiomalini, via @enioalvesvieira. Tem uma análise interessante do comportamento das redes no impeachment..

17 de abril: quando a Câmara dos Deputados virou alvo do #impeachmentday

Foram 3.5 milhões de tweets coletados a partir de apenas dois termos, ‘impeachment’ ou ‘impeachmentday’, durante o dia 17 de abril de 2016, quando da votação da admissibilidade. O grafo contém 470 mil usuários (nós) do Twitter. E 2.5 milhões de arestas (que representam os RTs). É a mais densa rede que eu já visualizei. Nem na Copa do Mudo houve essa quantidade de usuários, em língua portuguesa, tuitando num mesmo dia. Há cinco pontos de vistas agrupados nessa rede de RTs: o lilás, o verde e amarelo, representando uma indignação contra os parlamentares da Câmara. O azul é a rede da audiência a favor do impeachment, o que inclui nela um fenômeno importante: os canais da imprensa, que foram dragados para essa perspectiva, o que deve ser estudado com atenção. E a vermelha, os usuários contra o impedimento.

As redes políticas, antes dominadas por uma polarização entre os favoráveis e os contrários ao impedimento da presidenta Dilma, foram rompidas por uma saraivada de críticas ao sistema político brasileiro no Twitter. A intensidade de “ao vivo” na cobertura televisiva gerou um efeito reverso à intenção dos executivos da tevê. No lugar de gerar ondas massivas de mobilização social pró-impeachment nas ruas, acabou por gerar um esvaziamento delas e também uma alta indignação nas redes contra o apodrecimento da representação política da Câmara dos Deputados. Alimentou um imaginário crítico, ajudando a estimular posts que denunciam como uma maioria parlamentar completamente desqualificada e despreparada votou um assunto tão importante num regime democrático, um afastamento presidencial. A “onda” contra a Câmara apenas começou: escrachos contra deputados, visualizações de processos de corrupção, alto impacto na imprensa internacional (em alguns casos os chamando de palhaços e corruptos), campanhas e correntes em redes sociais e mobilizações de rua. Isso não vai parar. Com a tevê aberta, o imaginário contra o impedimento alcançou setores mais populares, que, longe da certeza sobre o golpe, reforçam o mantra do “é tudo corrupto contra uma presidenta idônea, mas com um governo fraco”. Não é sem sentido que o tweet mais popular daquele dia, com mais de 7 mil compartilhamentos, tenha sido este:https://twitter.com/cleytu/status/721822126534209536.

É isso.

PS: Fiz um pequeno cálculo. Dividi o número de menções pela quantidade de tweets gerados por usuários. Assim evito que um usuário que tenha tido muitos RTs e muitos tweets seja ele o mais mencionado, afinal, que tuita uma vez sobre o tema e receba muitos RTs, obterá mais força na métrica. Em função disso, os 100 usuários mais influentes no dia foram:
dilmabr
inesbrasilvideo
cellbit
misguidedsarah
danielaflor
luscas
lesbicapeta
marcelosalgado
depbolsonaro
alinnemoraestv
desimpedidos
soujusticeiro
idiotforddl
hiagoyoshizaki
sapatassexual
sentoavaraemvcs
t3ddyyyyy
desmotivacao
naosejatrouxa
seriesbrazil
faelssena
victorxajustice
meusfattos
nosironico
vocenaosabiaq
acidbubble
danielflorencio
sensacionalista
humdaora
migasuafalsa
iloveputarias
tristecinha
shetrapqueen
felipeneto
fatosbebadas
cleytu
lucascattani
tiuxandi
joaquintdasilva
dhejeison
rafinhabastos
luanlovato
thiago_p
jose_simao
simas_luiz
frasesorientebr
poseyhurts
obrasilbr
patriciaaa
camiqueirozreal
depeduardocunha
ironicovcs
odhepa
neto
vitoriasalim
souvodka
portalrbd
falsianepravcs
liownhearts
waldirmaranhao
ilegalizadu
zelune
jandira_feghali
stf_oficial
withoutslngle
_fladadepressao
zubukibaua
anttrindade
seumaconheiro
valorizarei

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