Tempos atrás era muito comum colegas de turma nomearem outros colegas com apelidos, aparentemente, inofensivos.
Em toda sala de aula, nos campinhos de futebol e nas baladas, tinha o ‘gordo’, o ‘zoiudo’, o ‘quatro olho’, a ‘branquela’, o ‘cabelo de bombril’, o ‘Saci’, o ‘Pelé’, que nunca era bom de bola.
Ninguém tinha cerimônia em apelidar pessoas com deficiência como ‘perneta’, ‘manquinho’, ‘debiloide’ ou ‘retardado’. Até as dificuldades financeiras eram criticadas por meio das merendas escolares, calçados ou vestimentas daqueles mais carentes.
O racismo corria solto e o ‘Negão’, o ‘Macaco’ e a ‘Crioula’ nem pensavam em reagir. Minorias não tinham voz.
O sexismo era implacável com a moça mais livre e com total contribuição de outras mulheres.
O tempo passou, as pessoas começaram a tomar consciência de que algumas palavras e expressões não têm mais espaço na atualidade e o movimento politicamente correto ganhou força. Mas…
Existem os saudosistas do mundo que não se importava com a dor alheia e fazia dela uma diversão. Consideram as mudanças como um tempo chato onde não se pode dizer mais nada.
E com estes pensamentos me deparei com a foto de um homem negro emocionado com um band-aid preto, da cor de sua pele.
Esta foto me lembrou de um fato acontecido há anos, na minha cidade.
Estávamos eu e um homem preto numa farmácia. Ele pediu um band-aid e o atendente brincou que para sua cor o indicado era fita isolante.
Todas as pessoas presentes riram, inclusive eu, que nada sabia de inclusão e racismo e ele, já acostumado a não ‘ligar’ para estas brincadeiras.
Deste episódio fica a certeza da importância da representatividade e que o caminho para um mundo menos exclusivo é caminho sem volta.
E eu te convido a seguirmos. Vamos?
Foto: reprodução da internet