Não é pouca coisa um almoço que reúne Michel Temer, Fernando Henrique Cardoso e Gilmar Mendes. Naturalmente, conversaram de tudo: medidas econômicas, cenário político, divergências tucanas… A presença de Gilmar, presidente do TSE, pode ter incluído na pauta questões jurídicas como o processo de cassação da chapa Dilma-Temer no TSE.
Mas a pergunta que não quer calar é sobre o que falaram a respeito do tema que mais preocupa hoje o establishment político, muito mais do que as reformas e o cenário de 2018: ela mesma, a Lava Jato.
Em pouco tempo, virá um novo tsunami por aí, sob a forma de novas delações premiadas, que não vão deixar pedra sobre pedra em nenhum dos principais partidos. Depois do fracasso na primeira tentativa de se separar propina de caixa 2, anistiando os responsáveis pelo crime eleitoral, as forças políticas voltam a se movimentar em torno de uma solução para salvar pelo menos alguns e evitar o colapso total do sistema político – que botaria a perder as reformas, a economia e o futuro de todos eles. O novo instrumento para isso é a mini-reforma política que vai ser votada até o fim do ano.