O presidente Michel Temer recomendou à equipe que trabalha na reforma da previdência que intensifique os estudos que irão definir os novos padrões de aposentadorias. Na próxima semana, assim que retornar da viagem à Índia e ao Japão, ele pretende estar presente em algumas das reuniões que tratam do assunto no Palácio Planalto por considerar que o tema é parte essencial de seu plano para equilibrar a economia do país. Está prevista também nessas reuniões a presença de sindicalistas e representantes de outros setores da sociedade.
A reforma da previdência é um dos quesitos que o governo considera essenciais para a estabilização econômica. Dela consta a definição da regra de transição – o limite de idade e o tempo de contribuição de cada cidadão –, a unificação do regime de contribuição para servidores públicos e trabalhadores privados e o teto a ser pago, previsto para não ultrapassar cinco mil e duzentos reais. Até mesmo os benefícios em desequilíbrio recebidos pelos parlamentares e militares deverão ser revistos.
Tramitam na Câmara e no Senado, já em processo de votação, as propostas de emenda à Constituição que fazem parte do conjunto de mudanças na economia, liderado pelo ministro da Fazenda Henrique Meirelles. Por exemplo, a PEC 241, que pretende limitar o teto de gastos públicos para os próximos vinte anos e também o projeto de repatriação de divisas de brasileiros depositadas no Exterior.
O presidente espera que o resultado dessas medidas, postas em funcionamento, tenha impacto positivo idêntico ao Plano Real, no governo de Fernando Henrique.