Apesar da recessão, Receita arrecada mais sobre ganho de capital dos brasileiros

Uma análise mais detalhada do comportamento da arrecadação da Receita Federal nos últimos nove meses indica uma queda generalizada dos impostos do setor produtivo, uma indicação de que o fim do processo recessivo será lento e gradual.

Os únicos dois impostos que de janeiro a agosto deste ano arrecadaram mais do que no mesmo período de 2015 foi da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) sobre combustíveis e Imposto de Renda Retido na Fonte (IRPF) sobre ganho de capital.

A Cide passou de R$ 1,5 bilhões em 2015 para R$ R$ 3,38 bilhões nestes nove meses de 2016.

Já o IRPF sobre ganho de capital arrecadou nestes 9 meses R$ 35,736 bilhões, um crescimento real de 6,13%.

É importante notar que este tributo é aplicado sobre a rentabilidade, na sua maior parte, das aplicações que os brasileiros fazem em fundos de investimentos e papéis do próprio Tesouro Nacional.

Assim, um dos poucos segmentos da economia que está crescendo é o de aplicação financeira, bancada pelas taxas de juros básica de 14,25% do Banco Central. Hoje para quem tem dinheiro a rentabilidade do mercado financeiro está sendo maior do que no setor produtivo, como dizem os números da arrecadação da Receita Federal.

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