O discreto crescimento mostrado por Fernando Haddad nas pesquisas das últimas 24 horas (3pp no Ibope e 2pp no DataFolha) também foi detectado nos trackings internos das demais campanhas. Animou os petistas, que pretendem deflagrar uma campanha de chegada pelo voto útil, na tentativa de tirar de Luiza Erundina e, sobretudo, de Marta Suplicy.
O detalhamento das pesquisas mostra que Haddad tira alguma coisa de Marta. Seria aquele eleitor à esquerda que não quer de jeito nenhum ver dois candidatos do campo à direita no segundo turno – Russomano e Doria. Com o impulso de Haddad e a queda de Marta, ainda poderia ser convencido a mudar de voto para tentar colocar o prefeito na disputa final, possivelmente com João Doria.
A hipótese é remota, mas nada é impossível. Em primeiro lugar, o suposto crescimento de Haddad, movido pela nacionalização que jogou Lula na campanha e radicaliza o quadro em SP, ainda precisa ser comprovado por novos levantamentos para convencer o eleitor de Marta a migrar.
Por ora, a peemedebista ainda luta com unhas e dentes para estancar sua queda e assegurar um cada vez mais difícil lugar no segundo turno. Ontem, por exemplo, usou todo o seu programa noturno na TV para atacar Russomano com a acusação de que ele teria dado calote em funcionários de um bar de sua propriedade que fechou.
A única certeza é de que ainda haverá fortes emoções até domingo.