Na noite da terça-feira (31), o União Brasil, autoproclamado maior partido brasileiro, apresentou ao país o deputado Luciano Bivar como seu candidato à Presidência da República. Nem foi a queda de luz, o desânimo da militância, e sequer o claudicante discurso de Bivar que embaçaram a candidatura. Ela não foi posta em cena como uma alternativa aos eleitores, mas, sim, com o propósito de não atrapalhar a profusão de alianças Brasil afora de suas lideranças regionais.
O objetivo do União Brasil é eleger grandes bancadas, especialmente na Câmara, capazes de rivalizar com o Centrão na disputa pelo comando do Parlamento, grande cacife não importa quem vença a corrida ao Palácio do Planalto. Esse espetáculo meio mambembe fechou o páreo presidencial.
Com tanta antecedência, talvez seja a corrida presidencial, depois de tantas desistências, com tão poucos postulantes viáveis há muito tempo. Lula lidera com ampla vantagem, Bolsonaro segue na segunda colocação, Ciro Gomes na terceira e a aliança em torno de Simone Tebet como única novidade.
Evidente que na campanha eleitoral para valer nas tevês, no rádio, nas redes sociais e nas ruas, as posições podem se inverter. Mas o jogo se restringe ao quarteto. Lula tanto pode liquidar a fatura no primeiro turno ou tropeçar e enfrentar dificuldades no segundo. Bolsonaro hoje é favorito, mas pode ser escanteado para o segundo turno.
O problema de Ciro Gomes é que, às vezes, ele até larga bem, mas sempre teve problema de chegada, mesmo quando se supera como em 2018. Simone Tebet é a única incógnita nessa eleição. Não tem rejeição, mas também não tem intenção de voto. A novidade é que virou a tão procurada opção da terceira via, com o apoio do MDB, tucanos e Cidadania, com batucada de segmentos importantes da sociedade civil.
Simone também pode ter como trunfo o senador tucano Tasso Jereissati como vice, o que soa como música nas elites empresariais. Vai conseguir decolar?
A conferir.