O presidente Michel Temer escapou da armadilha preparada por seus aliados Renan Calheiros e Romero Jucá em parceria com a oposição liderada pelo PT.
Como foi publicado aqui, eles alegavam que não haveria mais tempo para a aprovação do projeto que abre crédito suplementar no valor de R$ 700 milhões para evitar o colapso do Fundo de Financiamento Estudantil (FIES).
Com o apoio dos petistas, Renan e Jucá afirmavam que a saída para não suspender o programa seria a concessão do crédito por medida provisória. Para contornar a proibição constitucional, citavam precedentes no governo Dilma Rousseff.
O Palácio do Planalto não gostou. Outros senadores aliados entraram em campo, e venceram a batalha. Renan recuou e convocou sessão para votar o projeto na segunda-feira (19), ainda dentro do prazo legal. “Recobraram o juízo”, avaliou uma fonte palaciana.
Mas se isso era possível por que tamanha resistência, a ponto de colocar Michel Temer em uma berlinda? Muitos senadores já haviam planejado só voltar a Brasília depois do primeiro turno das eleições municipais no domingo (2).
Vão ter que mudar os planos. Há risco de não haver quórum? “Nenhum. A proposta é consensual. Ninguém é contra a concessão de créditos para estudantes”, diz a senadora Rose de Freitas, líder do governo no Congresso.