Um dos grandes sucessos do cinema é o filme “Matrimônio à Italiana”, de 1964, estrelado por Marcello Mastroianni e pela exuberante Sophia Loren. Conta a cômica história de amor entre os personagens Filumena e Domenico, que se conheceram em uma boate napolitana durante a Segunda Guerra Mundial.
O diretor do filme, Vittorio De Sica, nem precisou pesquisar exaustivamente para construir em sua imaginação e reproduzir as imagens da cerimônia do casamento. Para filmá-las, bastou tomar como referência as cenas que sempre desfilaram diante de seus olhos na própria Itália. O produtor foi Carlo Ponti, marido da bela Sophia.
Visto por milhões de pessoas, “Matrimônio à Italiana” acentuou ainda mais a realização do ritual romântico das núpcias. Em qualquer dia da semana, especialmente nos sábados, seja em Roma ou nas cidades do interior, há sempre uma dupla de apaixonados trocando alianças ao pé do altar.
À saída da igreja, antes dos comes-e-bebes na casa da sogra, as famílias e os convidados cumprem a tradição de jogar grãos arroz sobre o novo casal, significado de desejo de felicidade. E também da noiva jogar para as amigas ainda solteiras o buquê de flores que levou nas mãos como símbolo de alegria e fertilidade.
Assim foi com Cristiana e Carmelo, que se casaram na pequenina Umbertide, na Umbria. Todas as vezes em que fui à Itália não perdi a chance de fazer uma foto de momento tão festivo.
Orlando Brito