Também naquela quarta-feira, o Ministério Público do Rio de Janeiro fazia ações de busca em vários endereços de Fabrício Queiróz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro. Voltava à cena o assunto “rachadinhas”. Novamente se falava das acusações de que o filho do presidente participava de esquema de desvio e lavagem de dinheiro com verbas de gabinete quando era deputado estadual no Rio.
A imagem que ambos ofereciam durante a cerimônia parecia antever crise. E foi o que aconteceu. Quatro meses depois desse dia, em 25 de abril de 2020, Moro pedia demissão. O ex-juiz dos processos da Operação Lava-Jato, que aceitara o convite de Bolsonaro para deixar Curitiba e ser ministro de seu governo, deixava o cargo após tomar conhecimento pelo Diário Oficial da exoneração do diretor da Polícia Federal, Mauriício Valeixo, seu comandado.
Moro saiu do governo e do país. Mudou-se para os Estados Unidos com a esposa Rosângela. O casal só retornou agora nesse ano de 2021. Com relação a Bolsonaro, o caso das transações irregulares em contas de parentes aumentou mas não teve resultado. Surgiram também denúncias de depósitos em contas bancárias da primeira-dama Michelle. Quanto a Flávio, que o pai chama de Zero Um, o Superior Tribunal de Justiça anulou todas as decisões no processo que corria contra ele.