Brasília é a Capital Ibero-americana das Culturas 2022

O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues; o prefeito de Madri, José Luis Martínez-Almeida, e a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais, Renata Zuquim - Foto Divulgação

AGÊNCIA BRASÍLIA* | EDIÇÃO: ROSUALDO RODRIGUES

Brasília foi confirmada como Capital Ibero-americana das Culturas 2022, na XIX Assembleia Geral da União de Cidades Capitais Ibero-americanas (Ucci), que ocorre em Madri, Espanha. Além disso, a cidade assumiu a vice-presidência temática de Cultura da rede para o próximo biênio.

“Brasília promoverá a diversidade cultural dos povos ibero-americanos no âmbito da rede, e se compromete a fomentar o diálogo e ações de intercâmbio, cooperação e integração cultural das cidades que a compõem”

Renata Zuquim, chefe do Escritório de Assuntos Internacionais (EAI)

O encontro começou nesta quinta-feira (4) e termina na sexta (5). O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, e a chefe do Escritório de Assuntos Internacionais do Governo do Distrito Federal (EAI), Renata Zuquim, representam a cidade no evento.

Sob o lema “Cidades pela Ibero-América: o futuro que nos une”, a Assembleia Geral da Ucci reúne seus membros para discutir o planejamento de ações da rede até 2024. Além disso, acorda a elaboração de uma estratégia conjunta para enfrentar os desafios que se impõem às suas cidades.

Nas reuniões, realizadas a cada dois anos, são definidas questões estratégicas da Ucci, incluindo a eleição para cargos da organização, na qual Brasília, como membro nato desde 1986, tem direito a voz e voto. A capital brasileira ocupou, de 2017 até o momento, a vice-presidência temática de Governança da rede, o que garantiu sua participação na LII Reunião do Comitê Executivo da Ucci, ocorrida na manhã desta quinta, antes do início da assembleia.

Participação do GDF

Ao discursar no evento, o titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues, apresentou as principais medidas adotadas pelo GDF para contenção da pandemia, além das medidas adotadas para a recuperação socioeconômica do DF.

“O GDF teve de reprogramar tudo o que estava previsto quando a pandemia chegou e, como gestor público, sinto-me muito satisfeito em fazer parte desta gestão, que atuou rapidamente para a contenção do vírus. Fomos a primeira unidade da Federação a estabelecer protocolos de distanciamento social e decretar a emergência de saúde pública”, ressalta.

“Todo o GDF terá a missão de mostrar ao mundo a importância do DF no cenário cultural. Faremos com que Brasília seja merecedora”
Bartolomeu Rodrigues, secretário de Cultura e Economia Criativa
Na ocasião, o GDF também apresentou à rede a intenção de Brasília em ocupar a vice-presidência temática de Cultura pelos próximos dois anos. A capital brasileira foi conduzida ao cargo de maneira unânime.

Como coordenadora da Ucci em Brasília, Renata Zuquim comemora a conquista da vice-presidência. “Brasília promoverá a diversidade cultural dos povos ibero-americanos no âmbito da rede, e se compromete a fomentar o diálogo e ações de intercâmbio, cooperação e integração cultural das cidades que a compõem”, enfatiza.

Capital Ibero-americana das Culturas 2022

O título Capital Ibero-americana das Culturas 2022 é atribuído anualmente a uma das cidades que compõem a Ucci. As capitais que o recebem devem promover a diversidade cultural ibero-americana, o diálogo intercultural e o entendimento mútuo entre a cidadania ibero-americana e sua abertura ao mundo. Antes de Brasília, o Rio de Janeiro havia sido a única cidade brasileira a receber o título, no ano 2000.

Para formular, planejar, coordenar e executar as atividades propostas no âmbito do projeto Brasília — Capital Ibero-americana das Culturas de 2022, um comitê curatorial foi instituído, tendo o titular da Secec como coordenador.

O comitê também é composto pelo gabinete do governador do Distrito Federal, representado pelo Escritório de Assuntos Internacionais, pelas secretarias da Juventude (Sejuv), de Comunicação (Secom), de Educação (SEE), do Meio Ambiente (Sema) e de Justiça e Cidadania (Sejus).

Para Renata Zuquim, o reconhecimento contribui para o desenvolvimento de Brasília como cidade internacional. “Nossa capital é naturalmente uma cidade multicultural, tanto quando pensamos na diversidade de cultura brasileira que encontramos aqui, com pessoas vindas de toda parte do país, como quando falamos sobre cultura internacional. São mais de 130 representações diplomáticas em solo brasiliense”, afirma.

Bartolomeu Rodrigues considera que o título de Capital Ibero-americana das Culturas chega em um momento importante. “Estamos retomando as atividades que vão impulsionar a economia criativa. Todo o GDF terá a missão de mostrar ao mundo a importância do DF no cenário cultural. É quando praticamente todos os segmentos estarão trabalhando projetos e revelando a capacidade de recuperação de um segmento que foi duramente atingido pela pandemia. Faremos com que Brasília seja merecedora”, conclui.

Deixe seu comentário