O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que as medidas de controle de gastos públicos já começaram a produzir efeitos com recuperação dos preços dos ativos, do crédito, do consumo e dos investimentos internos e externos.
As despesas primárias deverão cair do equivalente a 19,84% do Produto Interno Bruto (PIB) este ano para 19,30% do PIB em 2017. Já as receitas devem passar de 20,4% do PIB deste ano para 20,7% no próximo, que, com o reflexo da recuperação da economia, será em torno de R$ 1,177 trilhões. Esta arrecadação será R$ 108 bilhões bilhões maior que a de 2016.
Por conta desta estimativa maior de crescimento da economia no ano que vem, Henrique Meirelles anunciou um ganho adicional de receitas de R$ 26 bilhões sobre a estimativa que tinha feito inicialmente na Lei de Diretrizes Orçamentária. Com isso, o esforço para fechar a meta de um déficit de R$ 139 bilhões será menor, uma vez que espera-se arrecadar R$ 11,8 bilhões com venda de ativos, como a Caixa Seguridade, Loteria Instantânea, BR Distribuidora, Instituto de Resseguros do Brasil e ações de estatais. Meirelles estimou em R$ 18,4 bilhões as receitas de que deverá obter com as concessões na área de óleo, gás e hidrelétricas.