A cúpula do PT vai se reunir em São paulo nas próximas quinta-feira e sexta-feira para discutir os rumos do partido após o impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff.
A avaliação dos petistas presentes no plenário do Senado neste momento é de que dificilmente Dilma conseguirá reverter a tendência de votos favorável a seu afastamento nessa última sessão de votação do impeachment.
Por isso, a cúpula do partido já marcou encontro em São Paulo para os dois dias seguintes à provável data do final do julgamento, a fim de discutir o futuro da legenda. A previsão é que a discussão e votação no plenário do Senado, que começou hoje, deverá se estender até a próxima quarta-feira.
“Não podemos ficar olhando pelo retrovisor. temos que ajeitar nosso foco no futuro”, disse ao Os Divergentes um dirigente da legenda.
A ideia, para esse encontro de São Paulo, é fazer uma autocrítica da atuação do PT no governo federal, especialmente pelo fato de não ter sido feita a reforma política tão defendida pelo partido.
Os petistas também devem discutir a atuação da legenda na oposição ao governo do peemedebista Michel Temer, e as propostas para a reforma da Previdência e o ajuste fiscal.
“Tudo isso vai servir de base para as eleições municipais de agora e, especialmente, para a preparação de uma candidatura a 2018”, conta esse dirigente, que lamenta o fato de praticamente todos os presidenciáveis petistas estarem à espera de decisões da Justiça para definirem seu futuro em 2018.
Quanto a Dilma? Bem, ninguém no partido sabe ao certo qual será o comportamento da presidente, caso o impeachment seja aprovado.
Há desde a expectativa de que ela tente ainda preservar , na Justiça, condições de sair candidata a algum cargo eletivo, ou mesmo que acabe se desligando do PT. Na verdade, Dilma não tem mantido uma discussão orgânica com o PT sobre seu futuro.