HÉDIO FERREIRA JÚNIOR, DA AGÊNCIA BRASÍLIA I EDIÇÃO: CAROLINA JARDON
A ideia que começou com o projeto Adote uma Praça, que visa reformas de áreas públicas com apoio da sociedade civil, agora se estende aos parques e áreas de conservação do Distrito Federal. Por meio do Decreto nº 41.865, o Governo do Distrito Federal lança o Reviva Parque. O objetivo é estimular a realização de parcerias para promover a conservação dos parques do DF.
O programa terá ações em parcerias entre os órgãos e entidades do DF, do Governo Federal, pessoas físicas, jurídicas e a sociedade civil organizada. O foco é proporcionar lazer, cultura, turismo, esporte, revitalização, melhorias e manutenção nos parques e demais unidades de conservação.
Quem investir em uma das unidades – com a reforma de banheiros, pinturas ou em outros investimentos – poderão utilizar, em caráter temporário e transitório, uma das áreas do parque, seja para a divulgação da marca, no caso de uma empresa, ou na realização de uma atividade por um profissional liberal de educação física, por exemplo. Tudo obedecendo critérios e normas de conservação ambiental.
“É uma proposta semelhante ao Adote uma Praça, porém voltada às unidades de conservação”, conta o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Cláudio Trinchão. “É trazer a sociedade para mais perto da conservação desses espaços”, completa.
“As parcerias previstas no Reviva Parque, tanto com órgãos do governo como da iniciativa privada, serão de grande importância para melhorar a infraestrutura desses espaços. Não se trata de privatizar os nossos parques, mas oferecer maior conforto aos brasilienses que frequentam e têm muito orgulho das áreas verdes da capital.. Serão recursos a mais que estarão entrando numa época de contenção orçamentária.””, disse o secretário de Meio Ambiente, Sarney Filho.
“É uma proposta semelhante ao Adote uma Praça, porém voltada às unidades de conservação”, conta o presidente do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), Cláudio Trinchão
Parques e reservas
O Distrito Federal tem 82 unidades de conservação, entre Áreas de Preservação Ambiental, Áreas de Relevante Interesse Ecológico (Aries), Parques Distritais e Ecológicos, Monumentos Naturais, Reservas Biológicas (ReBios), Refúgios Silvestres, Floresta Distrital e a Estação Ecológica de Águas Emendadas.
Esses espaços – onde brasilienses e visitantes têm a oportunidade de conhecer e usufruir da fauna e da flora do Cerrado – servem para garantir a preservação, utilização sustentável, restauração e a recuperação do ambiente natural do DF.
Até agora, 19 órgãos e empresas públicas do GDF estão envolvidas no programa, entre elas a Companhia Urbanizadora de Brasília (Caesb), a Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) e o Serviço de Limpeza Urbana (SLU).
De acordo com o subsecretário-geral do Ibram, Thulio Moraes, o programa chega para oficializar uma força tarefa que já existe, porém agora com a viabilidade e respaldo jurídico. “Faltava um instrumento que legitimar esse tipo de parceria”, explica.