O povo brasileiro realmente é admirável. E as empresas familiares nacionais mais ainda. Em meio à pandemia, lockdown, economia em crise, vacina vai-não-vai e uma das menores projeções do PIB mundial para este ano, um estudo da empresa de consultoria e auditoria PwC registrou que 78% delas esperam crescer em 2021 e 2022, perspectiva maior que os 65% dos entrevistados em outros 86 países.
O otimismo e a determinação dessas empresas não param por aí. As principais prioridades nos próximos dois anos são a expansão para novos mercados e segmentos de clientes, o aumento do uso de novas tecnologias e a digitização, o aprimoramento das capacidades digitais e a introdução de novos produtos e serviços.
Segundo Carlos Mendonça, da PwC, a chave de tudo veio do berço. As empresas familiares responderam rapidamente aos desafios postos pelo Covid-19. Em março de 2020, havia muita incerteza sobre como responder ao novo cenário. E completa afirmando que as famílias foram buscar força e inspiração nos seus valores e propósito. Isso fez toda a diferença na velocidade e coerência da resposta à crise.
Quando, porém, se trata de sustentabilidade, as empresas familiares brasileiras ficam para trás: enquanto mais da metade (55%) dos entrevistados viram o potencial de seus negócios para liderar em sustentabilidade, apenas 37% têm uma estratégia definida em vigor.
Num ano em que foi e ainda é fundamental pensar o binômio sociedade e meio ambiente, é necessário ampliar a visão e assumir o compromisso com o desenvolvimento sustentável, sejam empresas familiares ou não.