Alckmin começa a ser cristianizado

Centrão que apoiou Alckmin, agora quer ir para Bolsonaro

Empacado nas pesquisas eleitorais, o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) aposta tudo na máquina partidária e no tempo de televisão para crescer. Porém, a primeira já dá sinais de abandonar o tucano. Primeiro, apenas 96 dos 216 diretórios regionais dos partidos do Centrão vão fazer campanha para o ex-governador de São Paulo, que agora sonha com o Planalto.

Caso emblemático é o Presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), que fará campanha para o candidato de Lula à presidência, mesmo com o partido apoiando formalmente o ex-governador de São Paulo. Agora, lideranças regionais do PSDB de São Paulo, principalmente na região oeste do estado, dizem que apoiarão Bolsonaro (PSL).

Vargas e Cristiano. Foto Avervo/FGV

Nas eleições presidenciais de 1950, Getúlio Vargas foi candidato pelo PTB e era tido como grande favorito. Outro partido próximo a Vargas, o Partido Social Democrático, lançou Cristiano Machado como candidato. Com o andar da campanha e a percepção de que Getúlio ganharia com facilidade, integrantes do PSD abandonaram Cristiano Machado e passaram a apoiar Vargas. Daí surgiu o termo “cristianização”.

Mais um problema para o tucano conseguir deslanchar nas pesquisas eleitorais, algo que já parece pouco provável, tendo em vista as movimentações em curso.

*Victor Oliveira, mestrando em Instituições, Organizações e Trabalho (DEP-UFSCar). E-mail: ep.victor.oliveira@gmail.com

Deixe seu comentário