Na luta pela manutenção do impeachment da presidente afastada, Dilma Rousseff, o presidente em exercício, Michel Temer, decidiu mesmo flexibilizar o cofre.
Além de oferecer reajustes salariais aos servidores da União, ele também vai acenar para os governadores e suas bancadas no Congresso.
O presidente em exercício informou ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que irá convocar nos próximos dias uma reunião com todos os governadores do país para dar início ao processo de renegociação das dívidas dos Estados.
Temer está disposto a incluir no refinanciamento das dívidas um período de moratória, desde que haja uma contrapartida de compromissos dos Estados em não aumentar os gastos públicos.
A ideia é que os estados que aderirem à moratória se comprometam a, durante esse período, não promover reajustes salariais de seus funcionários, assim como não realizarem concursos públicos para novas contratações e aumentarem a contribuição previdenciária do funcionalismo.
Renan, por sua vez, informou ao presidente em exercício que deverá receber, na semana que vem, uma comissão de governadores para discutir o relatório da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) ao projeto que amplia os limites de enquadramento no Supersimples.