O presidente em exercício, Michel Temer, está por trás do encontro de hoje entre o presidente da Fiesp, o peemedebista Paulo Skaf, e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.
Já que não conseguiu convencer, até agora, o seu ministro a parar de falar em aumento de impostos — pelo menos até à votação do impeachment pelo Senado –, Temer quer ver se Paulo Skaf consegue dobrar o ministro.
Se for ao contrário, e o ministro amolecer o coração da Fiesp, menos mal. Haverá menos resistência do andar de cima às expectativas de aumento de impostos. Neste aspecto, no entanto, Skaf tem-se mostrado duro. Chegou a avisar que “o pato vai voar” se houver aumento de impostos.
O pato é o símbolo escolhido pela Fiesp para a campanha contra os impostos.
Na área econômica, no entanto, não há quem aposte uma pena de ganso que o governo consiga ajustar as contas sem aumentar a Cide ou recriar a CPMF.
Agora, também não é impossível que Meirelles aceite parar de falar no assunto enquanto o impeachment de Dilma não for definitivamente aprovado.
Meirelles sabe que a sua permanência no cargo depende da posse definitiva de Temer como presidente da República. E este depende dos votos no Senado, cujos parlamentares, em boa parte, enxergam o mundo pelos olhos do empresariado.