PP da Câmara impõe Ricardo Barros na Saúde

Deputado paranaense Ricardo Barros

O futuro presidente da República, Michel Temer, acertou com o presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira (PI), repetir a mesma dose de indicações do partido no governo que havia sido combinada com a presidente Dilma Rousseff: dois ministérios e a presidência da Caixa Econômica Federal (CEF).

Temer insistiu até o último minuto em que o partido engolisse duas barrigas de aluguel: o médico Raul Cutait como ministro da Saúde e o senador Blairo Maggi (PR-MT), na Agricultura.

Maggi deve deixar o PR e se filiar ao PP. Mas quanto ao Ministério da Saúde, a bancada da Câmara insistiu na indicação do deputado Ricardo Barros.

O argumento utilizado por Ciro Nogueira com Temer foi o de que o DEM, que é um partido menor, estava conseguindo emplacar o deputado Mendonça Filho (PE) como ministro da Educação. Ciro disse a Temer que não tinha como explicar à bancada da Câmara que o novo presidente não aceitava indicar um deputado do partido.

O senador comunicou neste sábado ao próprio Ricardo Barros e à bancada federal que o futuro presidente aceitou, enfim, nomear Ricardo Barros.

No comando da CEF o partido colocará Gilberto Occhi, funcionário de carreira que já foi vice-presidente do Banco e ministro-interino da Integração.

Com isso, Temer acabou acertando com o PP da mesma maneira que Dilma havia acertado para manter o apoio do partido ao governo.

Muda a Presidência, mas a relação dos partidos com os governos continua a mesma.

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