O líder do PSD na Câmara, Rogério Rosso (DF), barrou o acordo do governo com o presidente em exercício da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), que permitiria ao substituto de Eduardo Cunha voltar a dirigir sessões plenárias.
Rosso ameaçou votar contra o projeto de Desregulamentação das Receitas da União (DRU), hoje, se Maranhão comandar a sessão.
Pré-candidato a presidente da Câmara, Rogério Rosso não aceita que Maranhão assuma plenamente suas funções. Ele defende ou a realização de nova eleição para o cargo, ou que Maranhão siga sem as atribuições totais de um presidente.
Waldir Maranhão havia fechado acordo com o líder do governo, André Moura (PSC-SE), para voltar a dirigir as sessões com o apoio de todos os partidos governistas. Desde que anulou — e depois voltou atrás — a sessão que aprovou a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma ele não consegue comandar o plenário.
O deputado acabou sendo obrigado a ceder às pressões de Rosso e não vai mais presidir a sessão de votação da DRU. Não só porque o governo pediu para que não atrasasse a votação, como também porque Rosso ainda ameaça com pedido de cassação de Waldir Maranhão “por ter ferido brutalmente a soberania do plenário da Câmara”.