Dá dó pensar no que vai pela cabeça da presidente Dilma Rousseff neste momento. Trata-se de uma pessoa reconhecidamente honesta e bem intencionada que está sofrendo um retumbante fracasso. Publicamente.
Não foi dolorido no caso do ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ninguém tinha a mesma opinião sobre seu caráter que se tem, inclusive na oposição, a respeito de Dilma Rousseff.
O próprio ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sempre fez questão de sublinhar que Dilma é uma mulher honesta.
Então o que há de comum entre Dilma e Collor? E entre esses dois e outros casos retumbantes cassação de mandato ou obrigação de se afastar da política?
Por exemplo, os ex-presidentes do Senado, Antônio Carlos Magalhães (DEM-BA) e Jader Barbalho (PMDB-PA) e o ex-senador Luiz Estevão (PMDB-DF)…
O que esses personagens todos tinham em comum com Dilma Rousseff para que ela sofresse a mesma expiação pública?
Não há outra resposta: A arrogância, rompantes de agressividade no trato.
É uma traço comum apontado pelos interlocutores dos políticos acima. Muito embora em alguns momentos fossem, todos, capazes de grandes gestos de afago.
A arrogância, a agressividade gratuita, a violência, na política, vão criando uma oposição silenciosa movida pelo rancor que se manifesta ao primeiro sinal de enfraquecimento do personagem.
E acaba dando no que deu com essas figuras e no que está ocorrendo agora com a presidente Dilma Rousseff.
Talvez valha como lição para outros.