Não é sem motivo que os partidos de oposição estão preocupadíssimos com as declarações da presidente Dilma Rousseff sobre o processo de impeachment no Brasil, durante sua viagem a Nova York para participar da assinatura do primeiro acordo global sobre o clima na sede da ONU (Organização das Nações Unidas).
O presidente nacional do DEM, senador José Agripino Maia (RN), chegou a soltar nota contra a viagem da presidente:
“Ela vai tentar explicar o inexplicável, tentar sensibilizar fóruns internacionais que não a conhecem. Como se o impeachment não estivesse previsto na Constituição”, diz a nota, ainda com uma dose de ironia: “Acho curioso. Aqui, ela não consegue falar, porque quando fala os protestos com panelaço ou com apupo são ato contínuo.”
Líder do PSDB no Senado, Cassio Cunha Lima (PB) protestou: “Quem ama o Brasil de verdade, não fala mal do Brasil no estrangeiro. Não é possível que ela queira levar para a ONU o mesmo blablablá, a mesma verborragia de golpe que ela tem usado aqui.”
Mas a verdade é que setores importantes da mídia estrangeira realmente estão convencidos de que está ocorrendo no Brasil algo próximo de um golpe parlamentar no Brasil, conforme a tese defendida pelo governo e pelo PT.
Na CNN, maior Rede de jornalismo da TV americana, a apresentadora Christiane Amanpour e o jornalista Glenn Greenwald, ganhador do prêmio Pulitzer e que mora nop Brasil, produziram um dos mais duros programas a respeito, apontando o impeachment como “uma história incrível” em que o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), mesmo tendo “milhões de dólares de suborno” na Suiça, presidiu a sessão da Câmara que enviou o processo ao Senado.
Os jornalistas criticam o voto de Bolsonaro, que defendeu um dos chefes da tortura no período de ditadura militar. Lembram que a presidente também foi torturada e apontam que boa parte dos parlamentares estão envolvidos na Operação Lava Jato, inclusive o vice-presidente Michel Temer.
Veja o vídeo. Realmente é muito pesado.