Após legalização do jogo, vem aí a privatização das loterias

Em 23 de maio, Temer, Meirelles e Geddel foram ao Senado entregar a Renan o projeto de ajuste fiscal. Foto Orlando Brito

O Senado não conseguiu votar ontem o projeto 186 de legalização dos jogos de azar no país. Mas a expectativa do governo é que seja aprovado na semana que vem.

O texto é de autoria do senador Ciro Nogueira (PP-PI), mas tem o apoio firme do Palácio do Planalto, capitaneado pelo ministro-chefe da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima.

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP-MT), foi relator pela aprovação do texto em comissão.

E o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), incluiu o texto na sua chamada Agenda Brasil, uma pauta de projetos em tramitação no Senado com prioridade de votação para a geração de receitas ao governo.

Geddel e o ex-ministro do Turismo Henrique Eduardo Alves calculam que haverá um aporte de cerca de R$ 15 bilhões a R$ 20 bilhões por ano de arrecadação para o Tesouro com a liberalização de bingos, cassinos e jogo do bicho, numa espécie de concessão pública.

“É uma nova CPMF”, Alves chegou a afirmar.

Logo a seguir o Planalto pretende cuidar das loterias. Geddel Vieira Lima, que foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, é também um dos principais defensores da ideia.

O objetivo é iniciar pelas loterias o processo de, digamos, semi-privatização do banco, que culminaria em 2018 com o lançamento de uma oferta pública de ações, (IPO, na sigla em inglês). Até lá seria feito o saneamento da instituição com foco em sua atividade fim e privatizando as áreas de seguros, loterias e cartões.

 

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